A divisão política administrativa de Angola vigora desde o primeiro dia do ano 2025. A medida do governo angolano fez nascer três novas províncias, que resultaram da divisão das províncias do Kwando Kubango, dividada em duas, Kwando e Kubango, e do Moxico, que agora tem o Moxico Leste. A terceira província é o Icolo e Bengo. Todo o processo gerou muitas discussões entre os partidos políticos, governantes, autoridades tradicionais e outros interessados.
Texto de Simão Hossi
A nova realidade político-administrativa elevou para 21 o número de províncias em Angola e mais de 500 municípios. Os moradores dos novos municípios e províncias já começam a fazer as contas sobre o que este novo estatuto político-administrativo trará para as suas vidas.
É o caso da província do Icolo e Bengo. Tem a sua capital provincial na famosa Vila de Catete, localizada a pouco mais de 70 quilómetros da capital angolana, Luanda. Falando à nossa reportagem, Jorge António da Cunha, presidente da comissão de moradores do quarteirão H25 do bairro Mayé Mayé, no novo município de Sequele, diz já estar a sentir os resultados da medida do governo.
O responsável sustenta a sua justificação com os ganhos que a nova província conquistou. O mercado do 30, novo aeroporto internacional António Agostinho Neto, infraestruturas retiradas à província de Luanda e agora pertencentes ao município do Sequele, na província do Icolo e Bengo. Cunha não tem dúvidas de que estar numa nova província com estas infraestruturas verá o seu desenvolvimento rapidamente com as contribuições financeiras daí advindas.
O responsável da comissão de moradores coloca neste leque os projectos sociais que diz estar em curso. É o caso, da construção da estrada que passará na sua comunidade, ligando o Mayé Mayé até ao mercado do 30. Aponta ainda que o Zango, no município do Calumbo, terá entre três a cinco vias de acessos, deixando de ter uma única saída, como está até ao momento.